Nas águas da Tua vontade,
que surpreendem e me dão
força e coragem, quero navegar!
Perder de mim a posse para livre
poder externalizar minha decisão.
Quero ir, mesmo sem ter o leme em
mãos, mesmo sem conhecer ás águas
por onde navego.
Em minhas próprias águas já estive
perdido e não fui feliz, mas eis que
recebi de Ti um convite para de
abandono ao cais de mim mesmo,
às redes que tinha para então poder
adentrar novas águas.
São estas que hoje navego, tantas
paisagens, pessoas, lembranças,
tantos estiveram neste mesmo barco...
Que sinceramente não sei onde vai,
é tão bom não ter em mãos o leme,
assim posso ser levado neste barco,
que insisto, repito: não sei onde vai!
São águas bem melhores que as minhas,
ás águas da Tua vontade.